Conjunto Paisagístico da Serra da Calçada

Conjunto histórico e paisagístico da Serra da Calçada

O Conjunto Histórico e Paisagístico da Serra da Calçada situa-se entre os municípios de Brumadinho e Nova Lima. Sua paisagem cultural é constituída pela memória histórica da mineração dos séculos XVIII e XIX, registrada pelas edificações e estruturas de mineração. Encontram-se na Serra caminhos pavimentados em ruínas e um dos remanescentes é a fábrica de São Caetano da Moeda Velha e complexo minerário do “Forte de Brumadinho”. O tombamento estadual do Conjunto foi efetuado em 2008.

O processo de tombamento do Conjunto Paisagístico da Serra da Calçada apresenta a análise das características paisagísticas e culturais em sua expressão mais ampla e abrangente, comungando com as teorias contemporâneas para a proteção a bens de interesse de preservação.

 

Os aspectos do conjunto preservados são o somatório dos valores que a compõem: a memória arqueológica impregnada na formação rochosa, a bacia hidrográfica em sua totalidade, a formação geológica, a inserção antrópica ao longo dos anso, a motivação histórica e paisagística, testemunho da ocupação mineira e a beleza cênica da paisagem natural, entre outros.

Fonte: Tombamento – Deliberação CONEP 003/2008

Serra da Calçada

Patrimônio natural, histórico e cultural de beleza exuberante, a Serra da Calçada estende-se por cerca de 8 km entre os municípios de Nova Lima e Brumadinho. O nome Serra da Calçada se dá por causa do calçamento de via proveniente do século XVIII, utilizado para facilitar o acesso às fazendas e pontos de atividades minerárias à época.

Esse caminho levava ao “Forte de Brumadinho”, uma enorme edificação feita de pedras e que teria sido usada durante o século XVIII como entreposto comercial.

A região também faz parte de uma importante área de conservação ambiental da Região Metropolitana, com inúmeras nascentes que abastecem diversos riachos. Além disso, a área abriga uma rica diversidade da fauna e flora com espécies em extinção.

A serra da calçada está localizada a 20 km de Belo Horizonte, à margem direita da BR/040, sentido Rio de Janeiro, estendendo-se por cerca de 8 km entre os municípios de Nova Lima e Brumadinho. Divide as bacias dos rios Paraopeba e das Velhas, importantes mananciais que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Contíguas à Serra da Calçada, encontram-se a Serra do Rola-Moça e a Serra da Moeda, todas elas destacadas pelas belezas paisagísticas que apresentam como pela importância geológica e ecossistêmica.

A denominação de Serra da Calçada deve-se à formação especial de seus solos, compostos basicamente por óxidos de ferro hidratado e cimentado em consequência do intemperismo a que foram submetidos.

A fauna da Serra da Calçada não difere daquela existente nas outras Serras congêneres próximas que apresentam ecossistemas semelhantes. Compõe-se de diversas espécies como: onça-parda, jaguatirica, lobo-guará, raposa, macaco prego e mico estrela, tucano, lagarto tiú, ouriço caixeiro, tatu bola, rabo mole (espécie de galinha), chicote e merim, esquilo, coelho, quati, capivara, paca, ave jacu, pomba trocal, gavião pombo e carcará, martim pescador e mergulhão, cobra coral e falsa coral, cascavel, urutu cruzeiro, jararaca, entre outras.

Serra da Moeda

Com uma extensão de 70 quilômetros, a Serra da Moeda se destaca pela beleza e por apresentar condições favoráveis para a prática do voo livre. A cordilheira tem, aproximadamente, 1.500 metros de altitude e possui uma rampa natural que atrai, principalmente nos finais de semana, pilotos de parapente e asa-delta de diversos lugares do mundo. Para quem prefere se aventurar com os pés no chão, uma das alternativas é caminhar pelas trilhas ecológicas. Eventualmente, o local ainda conta com atrações diversificadas como cavalgadas e passeio de balão. A série de montes se estende até as cidades de Brumadinho, Nova Lima, Itabirito, Belo Vale e Ouro Preto.

Estudiosos afirmam que a origem do nome está ligada ao registro histórico de que a região teria abrigado a primeira fábrica clandestina de dinheiro no Brasil, ainda nos tempos de colônia. Foi em razão da fartura de metais preciosos que se deu a ocupação portuguesa nas terras de Minas Gerais e é nesse contexto que começa a história da Serra da Moeda que tentaremos descrever:

 

Sabe-se que antes da colonização do Brasil pelos portugueses, essa região já era habitada por tribos indígenas de diferentes etnias que pertenciam, com raras exceções, aos grandes grupos Gê e Tapuia. Já a ocupação portuguesa no território que hoje se conhece por Serra da Moeda deu-se pela descoberta de ouro e metais valiosos já em fins do século XVII.

Em junho de 1674, saiu de São Paulo rumo ao território de Minas Gerais, a expedição liderada pelo sertanista Fernão Dias Paes com o objetivo de encontrar esmeraldas e de ocupar o território por ele percorrido. Foi a partir da exploração de Fernão Dias que se deu o efetivo povoamento da região que posteriormente deram origem aos primeiros núcleos populacionais.

A Serra da Moeda é palco de um curioso episódio relacionado a esse sentimento de rigor tributário em contraponto com a sonegação, que é a instalação de uma casa clandestina de fundição de moedas (ou lingotes circulares de ouro), por volta dos anos de 1720, também chamada de “Fábrica de Moedas falsas” que faria o mesmo papel das casas oficiais, contudo a custo menor. Os cunhos haviam sido roubados de outras casas de fundição e a moeda ali produzida foi chamada de falsa pelo fato de que o ouro não era fundido ou quintado nas Casas de Fundição Reais.

Outro fato interessante é um “Regulamento” criado por Ignácio Ferreira, líder do grupo, que descreviam as atividades no cotidiano da casa de fundição e as severas medidas disciplinares que eram impostas a quem ousasse desobedecer. O documento previa pena de morte para quem saísse das instalações da fábrica sem o consentimento. O lider da Casa Clandestina era conhecido pelo “temperamento draconiano”, o que ocasionou divergências entre os sócios causando a delação do crime ao Ouvidor de Sabará. Em 1731, foi organizado um ataque à fazenda, tendo sido destruída.

A Serra do Paraopeba passou a ser designada de Serra da Moeda em razão desse episódio.

 

Cachoeira da Ostra e da Pedra Furada

Escondem-se por entre vales e serras alguns recantos interessantíssimos. Há mirantes, trilhas, sítios históricos, cachoeiras e outros atrativos naturais. Dentre estes recantos, o município de Brumadinho guarda em seus domínios alguns atrativos ainda bem preservados. Um deles é a Cachoeira das Ostras.

Com bom poço para refresco, é um lugar aconchegante, um convite à curtição e à preguiça…

Formada pelas águas do Ribeirão Catarina, a Cachoeira das Ostras localiza-se ao sopé das Serras da Calçada e da Moeda, distante 4 km do Distrito de Casa Branca, município de Brumadinho, Estado de Minas Gerais. Sendo uma cachoeira em área transitória, caracteriza-se por vegetação mediana em seus arredores, encravada no fundo de um vale.

Sua queda é pequena em altura, porém possui um bom volume de água. Seu poço principal na medida aproximada de uns 3 x 10m varia de 30cm a uns 3m de profundidade, permitindo ficar embaixo da queda d’água e mergulhos. Em sua área de influência, o curso d’água forma outras pequenas corredeiras e poços abaixo, além de uma outra queda cerca de 100m abaixo da Ostra, que muitos chamam de Cachoeira da Pedra Furada.

As pedras são curves e tem um aspecto muito singular, sendo o paredão do fundo ligeiramente marrom em contraste com o fundo dos poços que é verde cor esmeralda.

Subindo um pouco contra a corrente pelas pedras se encontra um poço lindo, bom para repouso e banho, fundo de águas límpidas com uma bela queda de água e a possibilidade salto para os mais aventureiros, pela sua fundura e uma pedra que por si só já aduz a ideia de um trampolim.

O local é muito bonito e sem dúvida apesar de pesada a caminhada se torna extremamente gratificante!

 

BR 040 KM 548 – Alameda das Azaléias

(31) 3547-2323

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